sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Alguém aí, " leva eu pra roça"!!!

Percebo que me conheço um pouco melhor a cada ano que passa e desconstruo conceitos que pareciam que iriam perdurar para sempre. Mas, conforme o Raul  "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
A cada vez que os jornais noticiam uma tragédia nas grandes cidades, meu coração pede pra fugir para o interior. Quase ninguém consegue me imaginar na "roça", mas na verdade, é porque não sabem que meu coração caipira gosta de mato, natureza, água de rio, essas coisas. 
Há quem pense que eu não sei sequer acender um fogão a lenha, mas é ledo engano:  sou habilidosa nessa área, a despeito de ser professora, blogueira, adepta de redes sociais e tudo o mais que posso usufruir na modernidade da cidade grande. 
Não sei explicar de onde vem essa veia roceira que gosta de chuva no telhado e cheiro de terra molhada.
Se falam que houve um assalto, penso na roça; quero fugir para lá. Se me contam de acidentes graves no trânsito, é pra roça que meu pensamento viaja. Se cai um prédio, como os do Rio de Janeiro, na última quarta-feira, meu coração já dispara, pensando que na roça não tem nada disso.
Será que estou mais medrosa? Eu acreditava que era cheia de coragem...
E essa aposentaria que não chega logo... mais 4 anos! Ufa!!!

Amigos, voltei!

 Depois de longos seis meses em que não conseguia acessar o blog, depois de muitas e muitas e muitas tentativas recuperei o acesso e estou de volta. Queria ter só coisas boas para falar aqui, mas nesse tempo, a minha mãe foi para uma outra dimensão, em que deve, com certeza, estar em paz...
Meu pai, quando faleceu, mereceu um post aqui nesse meu cantinho, então não será diferente com a minha mãe. São dois meses e alguns dias,  mas parece tão recente. Li em algum lugar que "A saudade existe, não porque estamos longe, mas porque estivemos juntos um dia". Concordo.
Uma coisa que marcava a presença da minha mãe no espaço físico da casa eram os rádios ligados. Ela mantinha três, normalmente ligados ao mesmo tempo. Um ficava no quarto, um na sala e o outro no banheiro. Isso mesmo:  no banheiro. Quase sempre ficavam sintonizados em programas dedicados à religião; ela era católica fervorosa.
Agora, a casa está mais silenciosa, um silêncio chato, dolorido, que grita lá no fundo do coração da gente.
Ela se foi assim, de repente, e o que me conforta é pensar que ela não sofreu no momento de se desvincular desse nosso plano terreno. Saiu de casa alegre e faceira para ir às missa e no caminho, a poucos metros de casa, veio a falecer;  isso é privilégio de poucos.
Mas  aqui estou eu; aqui estamos nós...