quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Recital Municipal 11/12/2009 - Caetanópolis - MG





No dia 11 de dezembro a Secretaria de Cultura, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação,  promoveram o II Recital Municipal  de Poesias.
Foi um evento muito bonito e prestigiado. Os alunos vencedores dos recitais de cada escola do município apresentaram-se mais uma vez. Numa sexta-feira, com a Casa de Cultura Clara Nunes lotada, o evento deixa claro para todos que a poesia reside no coração do povo caetanopolitano tanto quanto a música, representada pela filha ilustre Clara Nunes. Pais, professores, pessoas da comunidade e diversos representantes da área educacional puderam assistir às apresentações e se encantar com elas.
Se por um lado chamou a atenção a criança tão pequena  a falar com tanta graça sua poesia, a garra e a energia dos adolescentes contagiou o ambiente. Os alunos adultos da EJA (educação de Jovens e Adultos) emocionaram a plateia. Foi divino ver o sr. Misael, aluno que está ainda a encarar as  primeiras letras e a  balbuciar as primeiras palavras na leitura em aula, pisar o palco e com simplicidade e não menos emoção falar seu poema.
Realmente a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio da atual administração, tem dado muito certo.
O Festival Clara Nunes, realizado todos os anos em agosto, é o maior evento cultural da cidade e a educação está totalmente inserida no contexto em que ele se realiza. Neste ano, as escolas participaram de forma efetiva dos projetos do festival. A abordagem de temas relacionados à realidade sociocultural dos alunos permitiu ótimos trabalhos e a entrega dos prêmios do concurso de redação se deu também neste dia 11, durante o Recital.
Resta então parabenizar a todos: alunos, professores, setores cultural, educacional e administrativo da cidade que, mais uma vez, uniram esforços para a realização de um evento que ganha mais qualidade a cada ano.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O homem sem sorte

Vivia perto de uma aldeia um homem, um homem que era completamente sem sorte. Nada do que ele fazia dava certo. Muitas vezes ele plantava sementes e o vento vinha e as levava, outras vezes, era a chuva, que vinha tão violenta e carregava as sementes. Outras vezes ainda, as sementes permaneciam sob a terra, mas o sol, era tão quente, que as cozinhava. E ele se queixava com as pessoas e as pessoas escutavam suas queixas, da primeira vez com simpatia, depois com um certo desconforto e enfim quando o viam mudavam de caminho, ou entravam para dentro de suas casas fechando portas e janelas, evitando-o.
Então além de sem sorte, o homem se tornou chato e muito só. Ele começou a querer achar um culpado para o que acontecia com ele. Analisando a situação de sua família percebeu que seu pai era um homem de sorte, sua mãe, esta tinha sorte por ter se casado com seu pai, e seus irmãos eram muito bem sucedidos, pois então, se não era um caso genético, só poderia ser coisa do Criador. E depois de muito pensar resolveu tomar uma atitude e ir até o fim do mundo falar com o Criador, que como Criador de tudo, deveria ter uma resposta.
Arrumou sua malinha, algum alimento e partiu rumo ao fim do mundo. Andou um dia, um mês, um ano e um dia, e pouco antes de entrar numa grande floresta ouviu uma voz:
- Moço, me ajude. Ele então olhou para os lados procurando alguém. Até que se deparou com um lobo, magro, quase sem pelos, era pele e osso o infeliz. Dava para contar suas costelas.
Ele falou:
- Há três meses estou nesta situação. Não sei o que está acontecendo comigo. Não tenho forças para me levantar daqui.
O homem refeito do susto respondeu:
- Você está se queixando à toa... Eu tive azar a vida inteira. O que são três meses? Mas faça como eu. Procure uma resposta. Eu estou indo procurar o Criador para resolver o meu problema.
- Se eu não tenho forças nem para ir ao rio beber água... Faça este favor para mim. Você está indo vê-lo, pergunte o que está acontecendo comigo. O homem fez um sinal de insatisfação e disse que estava muito preocupado com seu problema, mas se lembrasse, perguntaria. Virando as costas, continuou seu caminho.
Andou um dia, um mês, um ano e um dia e de repente, ao tropeçar numa raiz, ouviu:
- Moço, cuidado. E quando olhou, viu uma folhinha que vinha caindo, caindo; Olhando para cima, viu a árvore com apenas duas folhinhas.
Levantou-se e observando suas raízes desenterradas, seus galhos retorcidos, sua casca soltando-se do tronco, falou:
- Você não se envergonha? Olhe as outras árvores a sua volta e diga se você pode ser chamada de árvore? Conserte sua postura.
A árvore, com uma voz de muita dor, disse:
- Não sei o que está acontecendo comigo. Estou me sentindo tão doente. Há seis meses que minhas folhas estão caindo, e agora, como vês, só restam duas... E, no fim de uma conversa, pediu ao homem que procurasse uma solução com o Criador.
Contrariado, o homem virou as costas com mais uma incumbência. Andou um dia, um mês, um ano e um dia e chegou a um vale muito florido, com flores de todas as cores e perfumes. Mas o homem não reparou nisto. Chegou até uma casa e na frente da casa estava uma moça muito bonita que o convidou a entrar.
Eles conversaram longamente e quando o homem deu por si já era madrugada. Ele se levantou dizendo que não podia perder tempo e quando já estava saindo ela lhe pediu um favor:
- Você que vai procurar o Criador, podia perguntar uma coisa para mim? É que de vez em quando sinto um vazio no peito, que não tem motivo, nem explicação. Gostaria de saber o que é e o que posso fazer por isto.
O homem prometeu que perguntaria e virou as costas e andou um dia, um mês, um ano e um dia e chegou por fim ao fim do mundo. Sentou-se e ficou esperando até que ouviu uma voz. E uma voz no fim do mundo, só podia ser a voz do criador...
- Tenho muitos nomes. Chamam-me também de Criador...
E o homem contou então toda a sua triste vida. Conversou longamente com a voz até que se levantou e virando as costas foi saindo, quando a voz lhe perguntou:
- Você não está se esquecendo de nada? Não ficou de saber respostas para uma árvore, para um lobo e para uma jovem?
- Tem razão... E voltou-se para ouvir o que tinha que ser dito.
Depois de um tempinho virou-se e correu... mais rápido que o vento até que chegou na casa da jovem. Como ela estava em frente à casa, vendo-o passar chamou:
- Ei!!! Você conseguiu encontrar o Criador? Teve as respostas que queria?
- Sim!!! Claro! O Criador disse que minha sorte está há muito no mundo. Basta ficar alerta para perceber a hora de apanhá-la!
- E quanto a mim, você teve a chance de fazer a minha pergunta?
- Ah! O Criador disse que o que você sente é solidão. Assim que encontrar um companheiro vai ser completamente feliz, e mais feliz ainda vai ser o seu companheiro.
A jovem então abriu um sorriso e perguntou ao homem se ele queria ser este companheiro.
- Claro que não... Já trouxe a sua resposta... Não posso ficar aqui perdendo tempo com você. Não foi para ficar aqui que fiz toda esta jornada. Adeus!!!
Virando as costas, correu mais rápido do que a água, até a floresta onde estava a árvore. Ele nem se lembrava dela.
Mas quando novamente tropeçou em sua raiz, viu caindo uma última folhinha. Ela perguntou se ele tinha uma resposta, ao que o homem respondeu:
- Tenho muita pressa e vou ser breve, pois estou indo em busca de minha sorte, e ela está no mundo.
O Criador disse que você tem embaixo de suas raízes uma caixa de ferro cheia de moedas de ouro. O ferro desta caixa está corroendo suas raízes. Se você cavar e tirar este tesouro daí vai terminar todo o seu sofrimento e você vai poder virar uma árvore saudável novamente.
- Por favor!!! Faça isto por mim!!! Você pode ficar com o tesouro. Ele não serve para mim. Eu só quero de novo minha força e energia. O homem deu um pulo e falou indignado:
- Você está me achando com cara de quê? Já trouxe a resposta para você. Agora resolva o seu problema. O Criador falou que minha sorte está no mundo e eu não posso perder tempo aqui conversando com você, muito menos sujando minhas mãos na terra.
Virando as costas correu, mais rápido do que a luz atravessou a floresta, e chegou onde estava o lobo, mais magro ainda e mais fraco.
O homem se dirigiu a ele apressadamente e disse:
- O Criador mandou lhe falar que você não está doente. O que você tem é fome. Está a morrer de inanição, e como não tem forças mais para sair e caçar, vai morrer aí mesmo. A não ser, que passe por aqui uma criatura bastante estúpida, e você consiga comê-la.
Nesse momento, os olhos do lobo se encheram de um brilho estranho, e reunindo o restante de suas forças, o lobo deu um pulo e comeu o homem "sem sorte".
               "SOMOS O QUE FAZEMOS, MAS SOMOS PRINCIPALMENTE
                  O QUE FAZEMOS PARA MUDAR O QUE SOMOS".







Fonte: www.metafora.com.br

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jovens poetas

Escrever com o coração. Há pessoas que já nascem com esse dom de lidar com o que existe de mais  humano: os sentimentos. E isso é feito de forma tão especial, tão única.
Através dos poemas  as palavras  se revestem de  sensibilidade para colocar  o que acontece em nosso dia-a-dia:  amor, paixão, fantasia, ilusões e desilusões.
Fico muito contente, pois percebo que a poesia  volta aos poucos a ter o seu lugar, principalmente no meio jovem.
O desejo de se expressar através das palavras atrai os jovens para a produção e leitura de poesias, mesmo que, às vezes,  optem por um caminho que suscita certa polêmica: a música.  Segundo algumas pesquisas, o jovem gosta de poesia, mas prefere ouvi-la através das canções. Tudo bem. Temos composições muito bonitas que remetem à pura poesia.
Tenho tido muito bons resultados na escola  em que leciono. Neste mês de novembro, por exemplo, para o recital de poesias promovido pela instituição de ensino, surpreendi-me com a quantidade e qualidade dos poemas que meus alunos elaboraram para apresentação. Todos os textos poéticos estão sendo digitados e em breve os  postarei aqui com o maior orgulho.
O certo é que a poesia permite  comunicação imediata, numa comunhão de ideias e sentimentos que ultrapassa as fronteiras geográficas e as barreiras da língua.
E foi assim que tomei conhecimento dos belos textos de um jovem poeta português, que a exemplo de muitos dos nossos rapazes brasileiros mergulha nesse mundo maravilhoso do poema, como forma de expressar o que vem do  mais profundo da alma.

Trancrevo abaixo um dos poemas. Por certo o apreciarão.

                                         Reflexo da vida…
         Eduardo Martins

Sentado numa estrela brilhante
Olho o infinito
Minha alma e mente unidas
Reflectem em tudo o que vivem

Como imoral é a felicidade
Nesta vida complicada
E quanto tempo de angústia
De espera por algo melhor
Nesta vida...

Como amarga é a juventude
Se a vida não permitir
Que a possam apreciar

Como é triste o amor
Sabendo que é impossível...
Como é triste a felicidade
Quando passa por ti e tu
A recordas de mãos vazias

Como é triste não amar aquele amigo
Que te compreende
E está sempre a teu lado
Ele que se preocupa contigo,
Esperando as migalhas
Esperando um carinho...
Como é triste ver uma mãe desesperada
Perdendo o seu filho querido
Não gritar por ajuda...
Porque sente que as palavras
Deixaram de funcionar

Como é triste ver
Meninas pequenas terem crianças
Abandoná-las em qualquer lugar
Como se fosse uma simples coisa
E não uma vida preciosa
Como é triste andar
Cego nesta vida
Sem conhecer o Deus vivo
Que lhe dá força para sobreviver
Vejo minha alma meu coração
Juntos nesta dor
Por tudo o que viram
Por tudo aquilo que já sentiram

sábado, 28 de novembro de 2009

Simpósio - GESTAR II - 23 e 24 de novembro

***Deveria ter feito isto há mais tempo, ou seja, explicar  para alguns dos meus  queridos amigos  da blogosfera o que significa a sigla  GESTAR II, para que entendam melhor o que sempre conto por aqui e sei que eles leem com toda atenção e carinho.
O GESTAR II - Gestão da Aprendizagem Escolar - é um programa que  oferece formação continuada em língua portuguesa e matemática aos professores dos anos finais (do sexto ao nono ano) do ensino fundamental em exercício nas escolas públicas. A formação possui carga horária de 300 horas, sendo 120 horas presenciais e 180 horas a distância (estudos individuais) para cada área temática. O programa inclui discussões sobre questões prático-teóricas e busca contribuir para o aperfeiçoamento da autonomia do professor em sala de aula. Há alguns anos tem formado  professores nos diversos estados do país.
Em Minas Gerais,  o Gestar II foi implantado este ano, tendo a adesão da maioria dos municípios.
Cada cidade indicou seus formadores e estes, após cursos de formação na capital ou cidades polo, desenvolviam junto aos cursistas  o estudo, aplicação e análise de resultados. O curso conseguiu aliar teoria e prática, visto que os professores cursistas estudavam os cadernos de teoria e prática (TPs), aplicavam em sala de aula  as atividades sugeridas e nos encontros presenciais com o formador relatavam os resultados.
Os relatos proporcionaram uma troca de experiências e uma socialização de conhecimentos  que enriqueceu sobremaneira  a bagagem do professorado.
Tudo isso foi discutido e mostrado no simpósio de avaliação em Belo Horizonte nos dias 23 e 24 de novembro, do qual participei,  juntamente com professores formadores de todas as cidades que tinham como polo a capital mineira. Banners, slides, fotos, portifólios, e principalmente e lindamente, depoimentos emocionados e contundentes mostraram o quanto ainda existem professores comprometidos com a educação  nesse nosso país.
Foi impossível evitar a redundância: o material e a proposta do programa são excelentes. O tempo todo durante o simpósio foram essas  as falas norteadores das apresentações dos resultados, acompanhadas da constatação de que  já se pecebe maior desenvolvimento na aprendizagem dos  alunos.
Mas não seremos professores, mestres, se não formos fiéis nos relatos também dos percalços que encontramos nessa caminhada, nessa perspectiva de ajuda com a qual o GESTAR II nos acenou.
No primeiro encontro(04/2009), os  formadores da região da grande BH foram separados em duas turmas, seguindo a ordem alfabética. Como formadora da cidade de Caetanópolis, fiquei na turma das cidades da letra A até a  N. Iniciamos nossa formação com a professora Cátia da UnB. Durante uma semana, estudamos, debatemos, fizemos oficinas e retornamos para nossas cidades com a grande responsabilidade de fazer o GESTAR II acontecer. Tínhamos a informação de que ainda teríamos mais dois encontros de formação na capital, e isso, mais a certeza de que receberíamos as orientações da nossa professora da UnB, dava a segurança necessária para a realização das propostas do programa.
Na verdade, as orientações foram muito poucas durante o período, e quase nos dias de viajarmos novamente para Belo Horizonte para a 2ª etapa,  tivemos a notícia da troca de professora.
Fomos para o 2º encontro sem saber sequer quem estaria conosco e só fomos conhecê-la e saber o nome no primeiro dia do encontro. A Cida da UnB fez um ótimo trabalho e ouviu nossas dúvidas não solucionadas, orientando-nos muito bem. Mais uma vez voltamos para nossos municípios para continuar com os trabalhos e foi mais um período sem comunicação com a formadora dos formadores.
3ª etapa de formação dos formadores: simpósio de avaliação do GESTAR II nos municípios. As informações de que teríamos outra professora não chegaram a todos os cursistas e acabamos, mais uma vez, apoiando-nos uns nos outros.
Foi um  lado positivo do curso, pois a turma se uniu desde a primeira etapa. Visto que nos sentimos um pouco abandonados, com dúvidas a serem solucionadas, sem saber a quem recorrer, ou melhor, recorremos  uns aos outros, ajudando-nos. Cada formador comunicou-se da melhor maneira que pôde e fez o GESTAR II acontecer, apesar das trocas consistirem em 3 professores da UnB em alguns meses.
Que fique claro que não tenho nada a reclamar das professoras que estiveram conosco na 2ª e 3ª etapa. Elas nos proprocionaram ótimas reflexões e esclareceram muitas dúvidas que levamos para o encontro, visto não termos respostas anteriormente.
Nossa terceira professora foi a Rosa, muito eficiente e objetiva, a ela foi dada a difícil tarefa de avaliar um curso que ela não acompanhou, de formadores que ela não conhecia, pois como já mencionei antes, muitos não foram informados da substituição e não puderam enviar um e-mail ou nome do blog para assistência.
O certo é que os fornadores dessas cidades são lutadores, não se deixaram abater e o GESTAR rendeu frutos. Pena que nem todos os formadores tenham feito blogs, mas quem os ouviu relatar  em BH sabe do que falo.
Em meio a relatos de acolhida e incentivo, de grandiosos  esforços dos cursistas e desenvolvimento dos alunos, amadurecimento, mudança de postura de diversos profissionais, ouvimos, porém,  tantos outros  fatos incoerentes quanto se fala em educação: Secretarias de Educação que deixaram os formadores sozinhos a "se virar' para manter o curso, sem espaço ou equipamentos; dirigentes escolares que agiram contraditoriamente à função e só conseguiram mostrar mesquinharia em atitudes ultrapassadas e ditatoriais e, infelizmente, professores que se recusaram a ser  cursistas sem um motivo aparente.
Outro ponto que me levou  a refletir é a separação visível entre a área municipal e a  estadual de educação. Foram poucas as cidades em que houve adesão das escolas estaduais ao curso. Precisamos urgentemente quebrar essas barreiras, essa segmentação que nos faz pensar e  até mesmo atuar  como se estivéssemos em mundos opostos a lidar com alunos de realidades totalmente diferentes.
Em Caetanópolis, não há do me queixar, pois tive todo o apoio e incentivo da SME e dos dirigentes escolares. As professoras de Língua Portuguesa se inscreveram e concluíram o curso com responsabilidade e interesse
Bem... Não posso deixar de falar da tal bolsa do FNDE. Todos sabem que foi aprovada a resolução que concede uma bolsa (auxílio) de 400,00  para os professores formadores. A bolsa seria uma ajuda  para comprarmos livros e nos prepararmos melhor para o curso. No entanto,  até hoje nem "vimos o cheiro" desse dinheiro. Isso é Brasil, gente! Enquanto políticos ganham salários exorbitantes, recebem auxílio para  "isso e aquilo", os professores fazem trabalhos extraclasse e extraturno, como o GESTAR II, e o auxílio não chega. Desde abril estamos trabalhando, atuando e já é praticamente dezembro! Cadê a bolsa?
Parabéns, colegas, formadores, pelo empenho e superação das dificuldades. Senti que fiquei devendo essa fala a vocês.  Continuaremos com o programa nos próximos anos, como foi dito por todos em Belo Horizonte e seguiremos nos comunicando.
Aprendi muito com vocês todos.
Abraços,
Cida dos Santos.

domingo, 22 de novembro de 2009

Avaliação - GESTAR II - Caetanópolis - MG - 20/11/2009





No início parecia que seria longo demais: 300 horas! Mas se passaram de forma até mesmo alegre e descontraída. Contamos com o apoio da direção das escolas e demais setores da área educacional e  chegamos assim ao último encontro do curso.
Foi no mesmo palco em que se realizou a maior parte das outras oficinas, que foi feita a última, da avaliação do GESTAR II.
Palco...
Depois que escrevi fiquei a pensar se era realmente essa palavra que deveria constar aqui, visto que palco é um lugar onde se encena. Pois a palavra é essa mesma. Concebida de outra forma, outra percepção semântica, entendo que o palco a que refiro é  o lugar onde apresentamos situações reais, sem encenação  ou maquiagem. Um palco diferente, onde os personagens principais estejam o tempo todo sob a luz dos holofotes da esperança e o objetivo é fazê-los brilhar e aparecer a cada dia mais.
E foi lá, na sala de aula, que aconteceram as ações capazes de transformar sonhos em realidade, fracassos em vitórias, desesperança em um novo olhar para a vida, para a aprendizagem.
                                
Avaliação dos professores cursistas sobre o GESTAR II
Conforme relato das professoras cursistas, o curso veio reforçar os conceitos já aprendidos e deram-lhes mais oportunidade de refletir sobre a língua. Os planejamentos se tornaram mais aprimorados e criativos. Algumas vezes foi preciso adequar algumas atividades dos "Avançando na Prática"  e das AAAs ao nível da turma, mas até isso pôde ser feito de forma tranquila, visto a clareza das propostas e respeito à autonomia do professor observados em todas as unidades, durante o decorrer do curso. 
As oficinas foram momentos de troca de experiências e discussões relevantes que ajudaram na prática, sendo o ponto negativo o fato de sermos poucas professoras. Um número maior, com certeza oportunizaria maior socialização de conhecimentos. Um intercâmbio com outras cidades teria sido interessante, mas pela urgência do tempo, não pudemos fazê-lo.
O projeto de intervenção tem sido aplicado visando minimizar as dificuldades de leitura e interpretação e consequentemente, as de escrita. As orientações e atividades das TPs e AAAs têm permeado todo o projeto.
A produção escrita está mais dinâmica e interessante devido ao material do GESTAR, que as cursistas estão utilizando sem mais precisar recorrer a outras fontes como faziam antes.
"As aulas se tornaram mais interessantes para nós e para os alunos, mais proveitosas, principalmente na parte de produção escrita, também foram observados melhora da autoestima, desenvolvimento de ideias, argumentação.
As expectativas para o próximo ano são boas, pois o material abrange, de forma criativa e prática, os conteúdos a serem trabalhados na Língua PortuguesaÉ de fácil aplicação e adequado à realidade dos nossos alunos."
           Poema  e avaliação da professora Angélica Ribeiro Silva
Como professora de Língua Portuguesa e formadora do GESTAR II, vi no programa a oportunidade de rever minhas práticas, isso feito de forma conjunta com outros professores da mesma disciplina, o que raras vezes pudemos fazer  antes da implantação do curso.
Estou certa de que o GESTAR II não vai ser apenas mais um curso, e sim aquele que nos proporcionou a oportunidade de investigar, aplicar, refazer, confirmar. Foi para mim uma honra ser formadora, ao mesmo tempo em que aprendi muito com as professoras cursistas, com nossos alunos, com as professoras de outras cidades e estados.
O GESTAR II proporcionou isso: conhecer outros professores e ver o trabalho lindo deles. Quanta criatividade! Visitei muitos blogs  e encontrei pessoas maravilhosas, trabalhando com garra, amor, entusiamo em prol de uma educação de qualidade.
Tenho muito a agradecer a SME de Caetanópolis por me conceder essa oportunidade.
Continuaremos, com certeza, a  prática do que adquirimos no curso e a postar nossas realizações e vitórias junto aos alunos, que vislumbro, serão muitas.
Abraços,
Cida dos Santos.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fotos das Oficinas 3 e 4 e de alunos das professoras cursistas realizando atividades






Oficina 03 - TP2  -  05/11/2009
Houve necessidade de uma flexibilização na forma de apresentar trabalhos. Devido a outras atividades realizarem-se simultaneamente no início de novembro, as professoras cursistas informaram precisar de mais tempo para aplicar, corrigir e analisar as propostas da TP.
Como nosso último encontro havia sido no dia 31/10, realmente seria difícil em apenas uma semana estar com tudo pronto para a socialização (05/11). A solução encontrada foi nos reunirmos, tendo estudado a TP 2 na íntegra, fazermos as oficinas e na próxima reunião (14/11), apresentar-se-iam os relatórios dos Avançando na Prática (das duas oficinas: 05 e 14/11).
E assim foi feito. Discutimos no dia 05/11 as diferenças básicas entre análise linguística e análise literária e a proposta da TP de trabalhar a análise linguística de forma a torná-la mais agradável e produtiva.
Muito interessante a parte da TP que nos convida a refletir sobre a gramática interna como o conjunto de recursos línguísticos internalizado desde o início da aquisição da linguagem e que o aluno e todo falante utiliza de forma inconsciente, mesmo que nunca tenham ido a uma escola. Cabe ao professor desenvolver nos alunos essa gramática implícita, valorizando-a num ensino mais reflexivo, partindo das práticas linguísticas de cada um: "o sujeito aprende a língua usando a língua".
Por outro lado, vimos na análise literária as diversas formas de arte como um instrumento poderoso a nos auxiliar na sala de aula.
Usamos a arte e suas manifestações em quase todos os momentos de nossas vidas, mesmo que não tenhamos consciência disso. A TP 2 nos propõe uma abordagem mais dinâmica, atualizada e menos cansativa de termos literários como, por exemplo, as figuras de linguagem.
Após essa introdução fomos à proposta de atividades com textos.

*Primeira proposta de atividade com textos (referente à unidade 6)
Os dois textos da unidade são muito interessantes. Quanto ao texto "Maria e Pedro na cova do vento", a autora Maria Clara Machado foi lembrada com exaltação pelas obras muito conhecidas e amplamente trabalhadas nas escolas.
Do Giuseppe Arcimboldo não possuíamos muitas informações, mas a de que ele era italiano, contemporâneo de Leonardo da Vinci, bastou para o propósito do trabalho. No entanto, quando se mencionou o nome de Leo Cunha, vários comentários elogiosos e referências a obras do autor surgiram. E o poema "Quatro", trabalhado na oficina, tem a marca desse criador.
"São muito sábias as escolhas da equipe que elaborou as TPs: textos, autores, atividades sempre vêm ao encontro das necessidades, anseios e gostos dos professores e alunos."
Aguardei por algum tempo as professores lerem os dois textos e escolherem a partir de qual deles fariam o planejamento.
Sugeri que se fizesse a leitura oral dos dois e o texto da Maria Clara Machado ficou um show apresentado como leitura dramatizada. De imediato, as professoras vislumbraram um ótimo roteiro para trabalhar com os alunos a oralidade através do teatro. Para o planejamento escrito, optaram pelo texto do Leo Cunha. No momento de apresentarem o cartaz com a atividade, alguns questionamentos orais sobre o outro texto ainda puderem ser feitos. Já que a teatralização do texto da Maria Clara Machado foi uma das sugestões, propus que discutíssemos, sem a necessidade de colocar por escrito, quais a possibilidades de análise linguística que poderiam ser planejadas para "Maria e Pedro na cova do vento". O uso do vocativo, o emprego do travessão, o discurso direto, foram apontadas como as mais pertinentes, podendo ainda ser abordadas questões em torno do emprego das iniciais maiúsculas para os nomes (turmas de 6º ano).
*Segunda proposta de atividade com textos (referente à unidade 8)
Interpretação de texto - charge
As charges do Quino são constantemente analisadas em atividades do livro didático adotado pelas escolas municipais de Caetanópolis.
Após a interpretação do texto (charge de Quino), as professoras cursistas optaram por um bilhete dirigindo-se ao patrão. Ficou ótimo o texto e oportunizou um breve retorno à questão dos gêneros textuais estudados na TP3.
*As fotos das atividades podem ser vistas na projeção do slide show no topo da página.

Oficina 04 - TP2   - 14/11/2009
Na oficina 04 foram apresentados os "Avançando na Prática" da TP2.
Trabalhos de produção escrita, leitura e interpretação foram planejados, elaborados e executados em sala de aula, com resultados bastante produtivos, segundo as cursistas.
Nas atividades de leitura, os alunos da professora Fabiane se envolveram e soltaram a voz, fizeram coreografia.
Os alunos da professora Angélica adoraram se colocar no lugar do professor, o ponto de vista do outro, para reescrever o texto.
Postei abaixo os relatórios e algumas atividades produzidas pelos alunos.

*Relatórios e atividades dos alunos das oficinas 03 e 04 da TP 2


Clique nas imagens para ampliar








*As fotos das atividades podem ser vistas no slide show acima.
Nosso próximo encontro será uma oficina de avaliação, quando então, discutiremos os pontos positivos e os negativos de todas as atividades do GESTAR II, o que mudou na concepção de ensino da Língua Portuguesa,  recursos, formador, etc.
Até lá.
Abraços,
Cida dos Santos.







































quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Oficina 1 - TP 1 - 10/10 e Oficina 2 - TP1 31/10/2009

Relatórios das professoras cursistas e atividades dos alunos referentes às oficinas 1 e 2 - TP1

















Oficina 1 - TP1
Antes de iniciarmos os relatos e apresentações das atividades dos alunos, conversamos um pouco sobre a norma culta.
Voltamos então ao texto "A norma culta" da seção 1 e fizemos todas as reflexões sugeridas. Esclarecidas as últimas dúvidas, reiterou-se  a opinião de todas de que é na língua padrão que se elabora grande parte da produção do conhecimento e das comunicações e que não permitir ao aluno o acesso a essa produção significa limitar suas possibilidades de interagir com o mundo.
Ao professor cabe respeitar a forma popular, mas levar o aluno a perceber a importância da norma culta de linguagem e as situações de comunicação em que ela é imprescindível.
Após essa atividade passamos aos comentários sobre as atividades da TP1 e AAA1.
As professoras relatam que geralmente os alunos gostam de fazer as atividades, interessam-se em fazer, sentem-se importantes por fazerem parte do GESTAR, percebendo-se como as peças principais do programa.
Na terceira parte da oficina trabalhamos  com o texto "A senhora", de Carlos Drummond de Andrade. Analisadas todas as questões, sem dificuldades. Uma das observações é  que o texto consta no livro didático e já é conhecido pelas professoras.  A linguagem, a crítica ao apelo da propaganda foram discutidas amplamente no encontro.
Na oportunidade,  analisamos outro texto que aborda a questão do consumismo: "Eu, etiqueta", também do Carlos Drummond de Andrade.
Indagadas se trabalhariam o texto "A senhora" com os alunos, a resposta foi sim, ou melhor, "já trabalhamos".
É sempre uma alegria trabalhar com textos do Drummond, sejam quais forem os gêneros, tal a riqueza e a variedade de assuntos e personagens.
Oficina 2 - TP 1
Depois dos relatos e apresentação de atividades dos alunos, nesta parte da oficina as professoras apresentaram um plano de leitura e de produção escrita do texto abaixo:
                                              A língua
Um senhor de muitas posses e pouca sabedoria chamou seu servo mais velho, homem de poucas posses e muita sabedoria, e ordenou-lhe que fosse ao açougue e lhe trouxesse o melhor bocado de carne que encontrasse. O servo foi, e voltou trazendo uma língua, com a qual foi preparado um fino jantar.
Alguns dias depois, o senhor ordenou a seu servo que fosse novamente ao açougue e lhe trouxesse o bocado de carne mais ordinário que encontrasse, para alimentar os cães. O servo foi, e voltou trazendo uma língua. O senhor, que era um homem de muitas posses e pouca sabedoria, enfureceu-se:
– Mas, então, para qualquer recomendação que dou me trazes sempre uma língua?
O servo, que era um homem de poucas posses e muita sabedoria, respondeu:
– A língua, meu senhor, é o melhor pedaço quando usada com bondade e sabedoria, e de todos o pior, quando usada com arrogância e maledicência.
Língua (Fábula da tradição judaica).
In Fábulas… em Cartão Postal.
Belo Horizonte: Autêntica. s/d.
                  Planejamento de leitura e produção de texto elaborado pelas professoras cursistas Angélica e Fabiane

"A fábula 'A língua nos oferece inúmeras possiblidades de trabalho com os alunos.
Em turmas de 7ºs anos, seria interessante a leitura e a discussão, em pequenos grupos, do tema evidenciado no texto. É fundamental que os alunos percebam que a 'língua' que aparee na fábula é uma metáfora.
A partir daí, pode-se pedir á classe que produza um texto em que o uso da palavra seja determinante para o desenvolvimento da história. os alunos também podem criar fábulas. Normalmente, eles adoram... Principalmente quando se trata de fábulas 'modernas'".
                                                                           professora cursista Fabiane


 Duração: 3 aulas
 Objetivos
•  Melhorar o relacionamento entre os colegas;
• Interpretar e refletir;
  Metodologia
• Fazer uma abordagem indireta com a turma sobre os comportamentos negativos na sala de aula;
• Direcionar a conversa para a questão da fofoca;
• Apresentar aos alunos o texto “A língua” (fábula da tradição judaica);
• Fazer com a turma a interpretação oral do texto, levando os alunos a refletirem para responder às seguintes
 questões:
a) Por que o rei ordenou ao homem de sabedoria para ir ao açougue?
b) No texto foi sugerido que o rei tinha muitas posses e poucas sabedoria e o servo tinha poucas posses e muita sabedoria?
c) Por que o servo buscou uma língua para fazer para fazer o melhor prato?
d) Por que ele buscou também uma língua para alimentar cães?
e) Onde está a sabedoria do homem de poucas posses?
f) Crie uma nova moral para a fábula.
g) O que essa fábula tem a ver com a nossa sala de aula?
h) Se cada um cuidar de suas palavras e usá-las de forma sábia e na hora certa, o relacionamento pode melhorar?
i) identifique no texto os discursos diretos.
* Propor a leitura dramatizada do texto
Produção de texto
Pedir aos alunos que, depois da reflexão, produzam um texto partindo da última fala “A língua, meu senhor, é o melhor pedaço quando usada com bondade e sabedoria, e de todos o pior, quando usada com arrogância e maledicência.", colocando-a como  epígrafe.
As professores consideraram as atividades da TP1 mais fáceis do que as da última(TP6).

Encerramos nosso encontro comentando brevemente o assunto da próxima TP.










segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oficina 12 - TP 6 - 02/10/2009

"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história."
                                                                       Bill Gates
O encontro do dia 02/10/2009 em Caetanópolis foi iniciado com a reflexão acerca da frase acima. Conscientes de que essa fala é muito verdadeira e da responsabilidade dos pais na educação para a vida, o dever e o lazer ocupando cada qual seu devido lugar e em seu devido tempo.
 Por várias vezes, nos plantões pedagógicos, reunimo-nos  para estudar as TPs e, principalmente, depois que se iniciou outubro, a preocupação se tornou maior, segundo as cursistas: "Neste final de ano/bimestre o tempo pode se tornar inimigo para quem quer fazer um bom trabalho. Não dá para perder tempo e vamos agilizar nossas atividades, estudando com afinco as TPs e aplicando os Avançando na Prática. Não podemos deixar para depois, já que ainda vêm neste final de ano as provas do Simave e a Prova Brasil".
*A professora Angélica informou que os alunos têm crescido muito e com mais essa  atividade do GESTAR puderam refletir sobre suas opções de escrita e perceberam que podem melhorar a cada dia.
Relatório de aplicação de atividade
GESTAR II – Língua Portuguesa
TP6 – UNIDADES 23 E 24
ALUNA: Angélica Ribeiro Silva
TURMA: PAV II 2º Período
Dando continuidade aos textos argumentativos, apliquei o “Avançando na prática” da unidade 23, página 152.
Utilizei para esta atividade o texto apresentado no início da seção, para organizar uma aula ou seqüências de aulas para a 7a e 8a séries.
1- Retorne ao planejamento elaborado na atividade 8b.
2- Se não definiu as habilidades a serem trabalhadas a partir das instruções de 8b, faça-o neste momento.
3- Verifique a seqüência proposta e detalhe os comandos e explicações, se necessário.
4- Verifique se planejou a leitura, discussão e quais os comandos necessários partornar a atividade significativa.
5- Preveja o planejamento possível: mudança na linguagem, escrita de uma introdução e/ou finalização para o texto, se haverá a adição ou omissão de informações e imagens.
6- Considerando os elementos de coerência e coesão já levantados, produza uma sequência de ações para que o texto seja modificado.
7- Faça a atividade com eles, conduzindo dialogicamente (por meio de perguntas, etc.) o planejamento, as modificações no texto original, reescrevendo-o.
8- Peça que releiam o texto reescrito em grupos e proponham modificações tanto no texto quanto em sua apresentação.
9- Todos os grupos apresentam seus textos finais.
10- Comente ao final, levando-os a refletir sobre suas decisões.
Ao contrário de utilizar o texto sugerido naTP6, utilizei um texto feito por um aluno na atividade anterior. Seguimos os seguintes passos:
1º - Passei cópia do texto aos alunos (com autorização do autor);
2º - Leitura do texto e análise das condições de produção do mesmo;
3º - Os alunos opinaram oralmente, acrescentando argumentos.
4º - A partir dos argumentos, antes selecionados, puderam perceber os conectivos que propiciaram a coesão.
5º - Anotamos no quadro o que poderia melhorar e o que deveríamos manter no texto.
6º - Fiz algumas perguntas que estão na TP6;
a) Qual o gênero do texto?
b) Pela leitura, qual seria a função desse texto?
c) A partir da leitura, pode-se verificar se o texto cumpre seu objetivo? Se sim, justifique.
d) Para quem o autor escreve?
e) Há relevância de conteúdo?
f) O texto faz sentido? Justifique.
g) Ortografia:
h) Pontuação: pontos, pontos de interrogação, vírgulas, pontos de exclamação, aspas ou travessões.
i) Parágrafos:
j) Letras maiúsculas:
l) Palavras excessivas:
m) Se você fosse o(a) professor(a), que comentários faria? Considere pontos fortes e carências.
7º - Os alunos perceberam que muitas coisas poderiam ser melhoradas: a ortografia; a repetição de palavras; a concordância; pontuação...
8º - Momento da reescrita: cada aluno, de posse do texto e com as observações feitas e até anotadas por alguns, reescreveram o texto. Alguns acrescentaram informações relevantes e de acordo com o texto; outros apenas retificaram os erros; outros fizeram poucas mudanças, mas nenhum deles "fugiu do assunto"; respeitaram o texto do colega.
9º - Os textos foram lidos em sala e o melhor foi eleito pela turma.
                                       Professora Angélica Ribeiro da Silva
TEXTO DO ALUNO
(seleção de tese e argumentos)
Prevenir a Acne
Para prevenir a acne tem que lavar o rosto sempre que fizer exercícios rigorosos ou tomar banho, não usar sabonetes que ressecam a pele.
• Isso inclui evitar espremer espinhas e cravos;
• Lavar áreas predispostas somente duas vezes ao dia;
• Utilizar produtos suaves para higiene do rosto;
• Evitar maquiagens pesadas.
(Texto do aluno)
A Acne
Para prevenir a acne a pessoa tem que ser muito cuidadosa com seu corpo e sua pele para ela não ficar feia e grossa.
Isso inclui evitar espremer cravos e espinhas, somente lavar as áreas predispostas  duas vezes ao dia para a e nem utilizar maquiagens pesadas, mas sim utilizar produtos suaves para sua pele ficar lisa e linda.
Sigam os bons exemplos e ficarão lindos como nunca.
Enfim, se você cuidar bem da sua pele, você vai ficar mais novo e mais lindo. Não só para mulheres mas sim para os homens também ficarem com a pele tratada e saudável como nunca.
                                                             Professora Angélica Ribeiro da Silva
*A professora Fabiane optou pelo Avançando na Prática da página 190:
Proponha uma discussão com seus alunos sobre suas preferências de lazer e sobre assuntos que os mobilizam na televisão, no rádio, nos jornais, na sua comunidade.
1- Converse com eles sobre a relação de cada um com a leitura: por que leem e por que não leem. Discuta abertamente com a turma de onde vem a falta de interesse: de más experiências de leitura, das imposições da escola, dos livros sem interesse, do excesso de atividades, e outras razões?
2- Discuta, ainda, se eles acham que conhecer histórias, o pensamento dos outros, tem algum interesse. Enfim, veja se eles acham que quem lê, de alguma forma, leva alguma vantagem, concreta ou não.
3- Mesmo que achem “ler uma bobagem”, combine de fazer alguma experiência de leitura. Por exemplo, você lê em capítulos alguma história sobre futebol, ou um policial, ou outro assunto do interesse deles. (Muitos livros juntam ingredientes variados, que podem atrair pessoas muito diferentes: futebol, namoro, humor podem vir juntos numa obra. Exemplos disso: A vingança do timão, de Carlos Moraes; Na marca do
pênalti, de Leo Cunha; Histórias do futebol, de Torero.)
4- Tenha à mão pelo menos um dos livros (que eles poderiam até escolher), para começar logo a experiência.
Observação: É claro que a leitura não pode ser de improviso. Prepare em casa, cuidadosamente, a leitura em voz alta de cada capítulo. Se tiver alunos que leiam bem e gostem de ler em voz alta, aproveite um trecho com diálogos para uma leitura dramatizada (preparada por todos os envolvidos – é claro.)

Relatório: GESTAR II  - Unidade 24
Professora cursista: Fabiane Diniz
Série: 7º ano
1 - Para a  discussão sobre a relação dos alunos com a leitura, a professora realtou que a  melhor estratégia foi descobrir primeiramente por que os alunos leem e quais as preferências de leitura. Muitos citaram as  frases mais comuns: "leio para viajar na imaginação", "leio para ficar mais inteligente". Nessa altura, conforme disse a cursista  foi interessante observar a influência dos adultos (pais, tios, avós, professores) no desenvolvimento do gosto pela leitura.
 Fabiane observou que há os que começaram a ler por imposição dos pais ou professores e se veem agora leitores autônomos e frequentes.  E há uma parcela menor, mas que precisa ser conquistada para a leitura, que reclama, principalmente da falta de tempo ou até mesmo do acervo da escola.
2 - Praticamente todos concordam que ler é importante, mesmo os que não se sentem dispostos a ler.
3 - A experiência de leitura foi muito interessante.  A professora escolheu um dos livros sugeridos no Avançando na prática: Na Marca do Pênalti, de Leo Cunha. Foi uma ótima dica, segundo ela,  pois o livro consegue agradar a quase todos, por juntar vários ingredientes que interessam aos alunos.  Combinou de ler 10 minutos por dia, durante 3 dias consecutivos. Ficaram apaixonados pelo enredo e muitos querem ler, antecipar o final.
Para as próximas leituras ela  já conta com vários voluntários entre os alunos.
A tarefa é árdua; as turmas agitadas exigem que se interrompa a leitura por diversas vezes e ainda há os mais resistentes, que ainda não se deixaram seduzir pelo poder do livro. Porém,  aos poucos eles vão adquirir o hábito. O que não podemos é obrigá-los a ler, principalmente livros muito grossos, a menos que eles mesmos optem.
Ao descobrir as preferências de cada um e não impondo o nosso gosto, respeitando o aluno, estaremos facilitando sua introdução no mundo da leitura, conquistando-o efetivamente.

Após os relatórios dos "Avançando na Prática", conversamos um pouco sobre os livros que cada uma estava lendo. Perguntei-lhes se já haviam visto a nova coleção que chegara à escola (Coleção Literatura para Todos - para alunos da EJA). Apresentei-lhes o livro que estava lendo (O Imaginário Cotidiano - Moacyr Scliar), autor muito bom, que tem textos frequentemente analisados nos  livros didáticos e teve uma de suas crônicas trabalhadas na TP6.
Não tem sido fácil, segundo as cursistas, manter um ritmo bom de leitura neste último bimestre. As duas trabalham em dois turnos, mas fazem o possível  para estar atualizadas e, principalmente, incentivar os alunos à leitura.
Com relação ao Projeto Pedagógico elaborado pelas cursistas:
*O que tem sido feito para aprimorá-lo e quais os resultados já obtidos, levando-se em conta que ele prioriza a leitura?
Conforme relatou a professora Angélica, ela tem incentivado a visita à biblioteca, cedendo tempo nas aulas de Língua Portuguesa para que os alunos escolham livros. Várias vezes, acompanha-os e aproveita para dialogar com eles, ainda na biblioteca, preferências, novidades.
Atividades como propaganda do livro lido e rodas de leitura têm facilitado o desenvolvimento da oralidade e ajudado a "olhar o outro", a prestar atenção no que "o outro" prefere, sugerindo apreensão da ideia do respeito à diversidade.
Experiências que já deram certo no passado como o "Carrinho de leitura", relembrado pelas cursistas, pode retornar , precisando apenas de adequação ao novo planejamento.
Vejam no blog da cursista Angélica:
"Leitura: um incentivo para a vida!
http://angelletras.blogspot.com/
A professora Fabiane reiterou a importância da leitura no âmbito familiar. "Para os alunos de famílias  em que os pais incentivam os filhos a lerem, sendo primeiramente o exemplo como leitores, o  trabalho do professor se torna mais produtivo."
A professora disse que já leu todos os livros da série Crepúsculo. Apesar de ser uma literatura  praticamente adolescente, o objetivo de conhecer as obras que têm despertado o interesse dos alunos deve ser um dos cuidados do professor.
As cursistas se prepararam para o encontro, escolhendo antes a maioria dos livros e autores de interesse dos adolescentes. Houve uma troca de experiências e informações muito significativa. A sugestão para que fosse elaborada a lista propiciou um ótimo trabalho realmente. Mais uma vez a equipe do GESTAR acertou.
O objetivo do projeto pedagógico elaborado pelas cursistas é promover primordialmente a leitura, dinamizando-a, tornando o contato do aluno com o livro cada vez mais agradável.

Incentivar o gosto pela leitura e formar leitores não implica simplesmente colocar os alunos em contato com os livros e textos. É necessário motivá-los, auxiliá-los na compreensão do que lhes parecer mais complicado. O professor pode tecer comentários sobre os textos, fazer perguntas, ler junto com os alunos, levar informações sobre autores para a sala de aula e muitas outras estratégias. Mas nada disso renderá o esperado se o professor não for também um leitor que envolva a turma, sendo referência para os seus discentes.
Alguns livros indicados para adolescentes
Série crepúsculo - Stephenie Meyer
"São livros envolventes, que prendem a atenção dos adolescentes."
1. Crepúsculo
2.Lua Nova
3.Eclipse
4.Amanhecer
*PedroBandeira http://veja.abril.com.br/noticia/variedades/pedro-bandeira-paulo-coelho-juvenis-485009.shtml
"Pedro Bandeira aborda a realidade em que vivem os adolescentes hoje. Muito lido no Brasil." Algumas obras:
• A droga da obediência
• A droga do amor
• Pântano de sangue
• Droga de americana!
• Descanse em paz meu amor
• Anjo da morte
• O avesso dos coroas
• O contrário dos caretas
• Agora Estou Sozinha...
• A contadora de histórias
• A eleição da criançada
• A escola da vida
• A hora da verdade
• A marca de uma lágrima
• A onça e o saci
• Brincadeira mortal
• Caso da borboleta
• Gente de estimação
• Descanse em paz, meu amor
• Histórias de amor
• Mais respeito, eu sou criança!
• Mariana
• Minha primeira paixão
• Obrigado, mamãe!
• O dinossauro que fazia au-au
• O fantástico mistério de Feiurinha
• O melhor presente
• O pequeno dragão
• O pequeno fantasma
• O reizinho da estrada
• Prova de fogo
• Ritinha Danadinha
• Rosaflor e a moura torta
• Um crime mais que perfeito
• Lembrancinhas pinçadas láaa do fundo
• De punhos cerrados
• Malasaventuras, safadezas de Malasartes
• O grande desafio
• É proibido Miar
• As Cores de Laurinha
• "O medo e a Ternura"
• "Amor impossível , possível amor"
• "O par de tênis"
• "O Poeta e o Cavaleiro"
  Série Vagalume
"Apesar de já ter 30 anos, a “Série Vagalume” é um excelente incentivo para gostar de ler. Li quase todos e posso afirmar que o meu gosto pela leitura veio depois de folhear tantos destes livros. São livros fascinantes! Algumas obras e respectivos autores:"
Menino de asas – Homero Homem
Um Leão em Família – Luiz Puntel
Tráfico de Anjos – Luiz Puntel
A Turma da Rua Quinze – Marçal Aquino
A Ilha Perdida – Maria José Dupre
O Escaravelho do Diabo – Lúcia Machado de Almeida
Coração de Onça – Ofélia e Narbal Fontes
O Fantasma de Tio William- Rubens Francisco Lucchetti
Aventura no Império do Sol- Silvia Cintra Franco
Spharion - Lúcia Machado de Almeida
Um rosto no computador - Marcos Rey
Na mira do vampiro -Lopes dos Santos
Meninos sem pátria - Luiz Puntel
Açúcar amargo - Luiz Puntel
Doze horas de terror – Marcos Rey
*Thalita Rebouças http://www.thalita.com/
Autora da série adolescente ‘Fala sério!’ lança novo livro na Bienal
“Fala sério!”, expressão que os adolescentes costumam usar de forma debochada, tem um significado especial para a escritora carioca Thalita Rebouças, de 34 anos. A gíria dá nome à série de livros da autora, sucesso entre o público jovem, com mais de 350 mil exemplares vendidos no país. E nesta 14ª edição da Bienal no Rio, ela lança “Fala sério, pai!” (Editora Rocco), quinta obra da coleção que já conta com os títulos “Fala sério, amiga!”, “Fala sério, amor!”, “Fala sério, mãe!” e “Fala sério, professor!”
A série tem a adolescente Malu e seus dilemas juvenis como tema central. “A moçadinha adora acompanhar um personagem em continuações literárias. Está aí o Harry Potter para comprovar”, avalia Thalita, que este ano completa uma década de carreira. “É comum as meninas virem até mim para dizer ‘a Malu sou eu!’, tamanha a identificação que sentem”.
A escritora explica que o segredo do êxito de seus livros – que trazem uma seleção de crônicas com a personagem – está no fato de ela “não dizer o que as meninas devem ou não fazer. “Nunca escrevi o que é certo ou errado, nem tentei dar lição de moral”, analisa. “Mostro como a Malu age em determinadas situações, fazendo com que o leitor se coloque no lugar dela”.
Em “Fala sério, pai!”, Thalita escreve sobre passagens do relacionamento da protagonista com o pai, divorciado da mãe. “Na primeira metade dou voz ao Armando, o pai da Malu. Depois a narrativa segue toda sobre a ótica da menina”.
Além de lançar seu novo item da coleção na Bienal, Thalita também segue com a campanha “Ler é bacana”, que iniciou há dois anos e que já conta a adesão de outros escritores como Ana Maria Machado, Zuenir Ventura e Ziraldo. “Em minhas visitas às escolas, sempre era comum ouvir dos alunos a frase ‘ler é chato’.
Pensei em promover uma resposta a essa afirmação”, explica. “Nas palestras dou dicas de outros autores e falo de temas que despertam a atenção dos jovens na faixa dos 13 aos 16 anos”.
Na lista de escritores que a autora costuma indicar para seus leitores figuram três nomes: Fernando Sabino, João Ubaldo Ribeiro e Luis Fernando Veríssimo. “O adolescente costuma pegar implicância com a leitura. Nessa mesma idade, peguei gosto pela literatura lendo crônicas desses autores, por isso indico a eles, porque foi bom para mim”.
Obras:
“Fala sério, pai!”
“Fala sério, amiga!”
“Fala sério, amor!”
“Fala sério, mãe!”
"Fala sério, professor!”
Finalizamos nosso encontro com mais uma frase célebre para reflexão acerca da leitura:
"A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo"
            Joseph Addison

sábado, 7 de novembro de 2009

Importantes poetas da minha vida

Em minha última postagem homenageei o grande Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas da literatura brasileira. Dediquei minhas palavras iniciais  ao "Velho Poeta", que era a alcunha pela qual era conhecido, principalmente,  no meio literário.
Pois hoje peço licença ao "Velho Poeta" para fazer um tributo ao "jovem poeta", ou melhor, aos jovens poetas que atualmente povoam minha cabeça de sonhos.
Creio que Drummond sorriria feliz se  lhe fossem apresentados esses poetas de quem falo. Como tantos outros, muitas vezes eles desacreditaram na própria capacidade, ficaram inseguros, mas a emoção de poeta soou mais forte e suas palavras romperam barreiras e preconceitos e pousaram no papel. Algumas palavras saíram estrondosas, barulhentas, inquietas, querendo ser gritadas. Outras, leves, recatadas, ainda receosas, querendo ser pronunciadas bem baixinho.
Pois bem...os novos poetas, conheço-os bem. Não têm nome conhecido, são anônimos na multidão. Porém suas criações, seus poemas são tão especiais, pois foram gestados e nasceram num ambiente em que eu, à espreita, esperava  eles rebentarem e saltarem para o mundo. E como valeu a pena essa espera!
Eu que nem sei fazer poemas, confesso-me uma devoradora desse gênero. Mergulho com eles e com eles voo até onde a imaginação permita e o sentimento guie.
E é assim que eu apresentaria para Drummond esses criadores de sonhos. Em troca do que me oferecem em emoção, só posso dar meu apoio incondicional e meu incentivo, meus aplausos e meus rogos para que não interrompam essa trajetória que a palavra, a alma e o coração traçaram juntos.
A despeito de todo o  pessimismo e generalização que circulam por aí,  de que a juventude não tem sensibilidade, não é capaz de se interessar ou se emocionar por coisas simples, peço aos jovens poetas que simplesmente respondam com poesia. Aos adultos, peço-lhes que deem a chance.
Este texto é dedicado aos meus alunos do 8º e 9º da Escola Municipal Emílio de Vasconcelos Costa, município de Caetanópolis, que me encheram de orgulho e fé no futuro ao criarem poemas tão cheios de sinceridade, tão verdadeiros.
Cida dos Santos.
Vejam as fotos e algumas informações sobre o trabalho na postagem "Recital de Poesias 2009"

sábado, 31 de outubro de 2009

31/10/2009 - O dia dele...

Antes de relatar o nosso trabalho, lembro que hoje, 31 de outubro é uma data especial.  Não por causa do halloween...Mas nessa data nascia,  em 1902, o nosso grande poeta, contista e cronista...
Sim, hoje seria aniversário dele, o "Velho poeta", como era carinhosamente e respeitosamente chamado  este mineiro de Itabira:  Carlos Drummond de Andrade.
Se estivesse entre nós  faria 102 anos. Porém  suas palavras, sua memória se fazem  presentes e sabemos que poucos  se eternizarão de tal forma intensa e constante  em nossos corações e pensamentos como ele.
Não tenho nada contra o halloween, até me divirto com as crianças na data...
Saudades, Drummond...
Só você sabia falar assim do amor:
                     
 Amar
Que pode uma criatura senão entre criaturas, amar?
Amar e esquecer?
Amar e malamar
Amar, desamar e amar
Sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
se não rodar também, e amar?
Amar o que o mar traz à praia,
O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amor inóspito, o áspero
Um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte,
e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este é o nosso destino:
amor sem conta, distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor
Amar a nossa mesma falta de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito e a sede infinita.


As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça e com amor não se paga.
Amor é dado de graça, é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Encontro do dia 31/10/2009
Recursos que podem ser utilizados como suporte para nos auxiliar nas aulas de Língua Portuguesa
 “A proposta de trabalho com textos variados inclui a exploração de textos não-verbais e os que misturam mais de uma linguagem, como a propaganda, a composição musical, o filme. Neste mundo pós-moderno, em que tudo vai perdendo seus contornos nítidos e tudo se mescla, sons e imagens além da língua marcam as interações mais comuns do nosso cotidiano. Devem fazer parte das nossas escolhas, para uso com nossos alunos. Eventualmente, eles podem até expressar-se em uma dessas linguagens. De todo modo, como interlocutores, fruidores, o contato com textos com outros códigos deve ser constante.”
                                                     (TP1 – pág. 113 – unidade 03)
Foi a partir de todos os nossos estudos, análises,  reflexões e conclusão de que o texto é realmente o centro no ensino das experiências no ensino da língua, reforçados pelo estudo do trecho da TP citado acima, que focamos, no último dia do mês de outubro, o uso da tecnologia em sala de aula. Sua multiplicidade de linguagens possibilita um grande número de abordagens,  podendo ajudar na prática do professor, se for bem empregada, é claro.


"Quais os 'gigantes'  que você enfrenta no seu dia a dia como professor?"
Lançada essa pergunta para reflexão, imediatamente a metáfora levou a respostas como desvalorização do professor, desmotivação por parte dos alunos, indisciplina, falta de recursos nas escolas...
Creio que as respostas seriam idênticas pela maioria dos docentes das escolas públicas do país.
"Como você enfrenta e faz para vencer esses 'gigantes'"?
A resposta a essa indagação seria dada soemte depois que assistíssemos a um filme, que já estava no ponto para assistirmos :
DESAFIANDO GIGANTES
Sinopse
Nunca Desista, nunca volte atrás, nunca perca a fé. O poder da crença nos proporciona a oportunidade de vencer. Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Eagles a uma temporada vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profissionais e pessoais aparentemente insuperáveis, a idéia de desistir nunca lhe pareceu tão atraente. Somente depois que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé que ele descobre a força da perseverança para vencer.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Desafiando Gigantes
Título Original: Facing the Giants
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estúdio/Distrib.: Sony Pictures
Direção: Alex Kendrick
Elenco
James Blackwell ... Matt Prater
Bailey Cave ... David Childers
Shannen Fields ... Brooke Taylor
Tracy Goode ... Brady Owens
Alex Kendrick ... Grant Taylor
Jim McBride ... Bobby Lee Duke
Tommy McBride ... Jonathan Weston
Jason McLeod ... Brock Kelley
Mark Richt
Steve Williams ... Larry Childers
Chris Willis ... J.T. Hawkins Jr.
Ray Wood ... Sr. Bridges
Terminada a sessão cinema, pedi que as cursistas falassem então sobre o que fazem para  vencer os seus "gigantes".
"Persistência, determinação, fé, reconhecer os erros e fraquezas, admitir que erramos, que não somos perfeitos, mas buscar o conhecimento..."
Valeu a pena ter visto filme , pois a mensagem motivacional expressa por ele envolve  qualquer pessoa, independente de idade ou religião. Concluímos que, como no filme, temos que estar unidos, dar o melhor de nós, acreditar na nossa capacidade, enfrentar os problemas, pois existem situações das quais não podemos  fugir. Temos que seguir em frente,  enfrentar os problemas que surgem na escola, na sala de aula, sem esperar que outros o façam por nós. Porém, muitas vezes o gigante é a insegurança, o medo de tentar o novo, o desconhecido, ou até medo do fracasso, baseado em derrotas anteriores.
Após a reflexão, sugeri às cursistas que fizessem  um planejamento para trabalho com esse filme em sala de aula,  perguntando primeiramente se seria viável, se estaria adequado `as séries em que cada delas lecionava. Resposta afirmativa, avisei-lhes, no entanto, que antes de fazermos o planejamento estudaríamos um pouco sobre a utilização de filmes, vídeos e músicas em sala de aula. Entreguei-lhes um suplemento teórico sobre o assunto, no qual constam dicas e exemplos de  profissionais experientes e competentes na área em estudo.
Começamos a estudar sobre o uso do vídeo na sala de aula.
*Apoiei-me em:
*O Vídeo na Sala de Aula
José Manuel Moran
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br
http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm
*Depois:
*Filmes em sala de aula
João Luís de Almeida Machado Editor do Portal Planeta Educação; Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=454
Em ambas as partes foi destacada a atenção que o professor dever ter de não deixar que o filme ou o vídeo sejam tapa-buracos; destaque também à necessidade do planejamento para que realmente se atinja o objetivo e à escolha de temas que despertem o interesse ao aluno, sendo que, para isso, o professor precisa estar bem informado.
As professoras relataram experiências bem e outras mal sucedidas em suas experiências, principalmente com filmes. Mas, geralmente, o resultado é muito satisfatório, segundo elas.
Quando aos vídeos, a parte em que discutimos sobre a produção e edição de vídeos na escola, a ideia pareceu ótima, porém esbarra na falta de equipamento. Uma das sugestões é incluir a compra de uma boa câmara na próxima lista de aquisição de material da escola. Foi citado o  exemplo do professor de Matemática Rosalvo, que no ano de 2008 fez um trabalho maravilhoso, para o qual  utilizou equipamento próprio. Em Língua Portuguesa, talvez tenhamos tantas ou mais possibilidades de sucesso, visto trabalharmos mais de perto  com a linguagem.
*E finalizando:
*Música em sala de aula.
Os professores estão mais familiarizados com a utilização da música e é de uso mais constante em aula. Utilizei dois textos de autores diferentes, porém as opiniões eram muito parecidas. O trecho que transponho abaixo, contudo, apresenta algumas dicas preciosas:
Erika de Souza Bueno Consultora Pedagógica em Língua Portuguesa do Planeta Educação; Graduanda em Letras pela Universidade Metodista de São Paulo.

Música na Sala de Aula
Uma Chance de Trabalho
Trabalhar com a música no cotidiano escolar significa ampliar a variedade de linguagens que podem permitir a descoberta de novos caminhos de aprendizagem. É possível que se desperte no aluno outras formas de conhecer, interpretar e sentir.
Trabalhar uma canção em sala exige que ela seja executada mais de uma vez. Na primeira audição, os alunos identificam a melodia e alguns de seus aspectos. Isso possibilita uma primeira discussão sobre o significado da letra, o prazer de ouvir ou não, sobre quais instrumentos foram tocados e a interpretação vocal, quando houver.
Fazer com que jovens alunos se interessem pela leitura é um desafio muito grande para pais e professores. Há diversas tentativas para diminuir a distância entre a leitura e o aluno, muita delas inegavelmente eficazes.
Uma possibilidade de integrar alunos e leitura escrita é a apresentação de uma nova perspectiva sobre aquilo que não é novo para eles, ou seja, uma nova visão sobre materiais que eles tenham alguma particularidade. A música é uma boa opção para tal objetivo.
Levar letras de músicas de diversos gêneros para a sala de aula é algo que atenua significativamente a aversão ao mundo da leitura escrita por parte de nosso alunado, uma vez que a resistência a assistir a uma aula de língua portuguesa, por exemplo, fica um pouco esquecida ante a um material que eles tenham alguma familiaridade.
Digo familiaridade porque desde o nosso nascimento somos expostos ao mundo da música. Algumas mães cantam para seus filhos ainda em processo de gestação e, ao nascer, a criança convive com inúmeros gêneros musicais e, por isso, o professor ao apresentar uma letra de música na sala, tem grandes chances de atrair a atenção de seus alunos. Uma vez com a atenção de seus alunos voltadas para ele, conseguirá induzir o despertar de diversas competências que nossos jovens já têm ou ainda terão. Dentre estas competências, a interpretação da vida cotidiana, dos hábitos das pessoas, do vocabulário usado em diferentes épocas, entre tantas outras possibilidades.
Não é preciso ser apenas músicas consideradas modernas, inúmeros títulos musicais de outras gerações podem ser transformados em materiais de trabalho para o professor. A apreciação de um estilo mais que outro pode se transformar também num delicioso bate-papo estreitando o relacionamento aluno/professor.
Observe o trecho da música “Águas de Março” abaixo:
“É pau, é pedra, é o fim do caminho, é um resto de toco, é um pouco sozinho, é um caco de vidro, é a vida, é o sol, é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol. É peroba no campo, é o nó da madeira, Caingá candeia, é o matita-pereira, é madeira de vento, tombo da ribanceira, é o mistério profundo, é o queira ou não queira, é o vento ventando, é o fim da ladeira, é a viga, é o vão, festa da cumeeira. É a chuva chovendo, é conversa ribeira das águas de março, é o fim da canseira...” (Tom Jobim)
Somente através deste trecho inúmeros assuntos poderão ser trabalhados em diversas disciplinas, quanto mais em se tratando de língua portuguesa.
O professor poderá, por exemplo, falar sobre o clima, sobre como as águas de março são tratadas nesta música, sobre os termos empregados, entre tantos outros assuntos.
Apenas a título de exemplificação, o professor poderá questionar se as chuvas ainda são bem-vindas atualmente. Evidentemente, muitos dirão que sim, e não há, num primeiro momento, o que se questionar, pois a falta de chuva seria e é em alguns estados brasileiros, motivo de desespero e muita preocupação.
Contudo, em São Paulo a chuva tem se tornado o oposto do que se aprecia neste trecho da bela canção:
“... é a chuva chovendo, é conversa ribeira das águas de março, é o fim da canseira”.
Isto porque chuva em São Paulo é sinônimo de trânsito parado, enchentes, noticiário ocupado com o assunto e exaustivo trabalho de diversos setores da sociedade. Eis assim, mais uma possibilidade de assunto que poderá ser trabalhado por professores em sala de aula, fazendo com que alunos interpretem uma letra de música muito além do que supostamente poderiam ter pensado.

Durante o  estudo do suplemento, dúvidas que surgiam eram dissipadas, experiências de trabalho eram relatadas e,  sobre o trabalho com músicas, a professora cursista Angélica expôs que a parte mais difícil é fazer os alunos aceitarem as nossas escolhas musicais para trabalho com eles. Geralmente eles consideram as músicas antiquadas, velhas.
Mas há também surpresas agradáveis: segundo ela, escolheu para determinado trabalho, empregar uma música do 14 Bis e receou que os alunos não fossem apreciar, mas eles amaram. Também a professora cursista Fabiane, relatando situação semelhante, contou que introduziu música do Nando Reis e a receptividade dos alunos foi ótima.
Talvez seja o exemplo do professor começando a fazer diferença nas escolhas musicais desses adolescentes?
Por isso temos a responsabilidade de fazer o melhor, dar o exemplo como bons leitores, ouvintes das boas músicas, que estão a cada dia mais longe do contexto social em que estão inseridos nossos alunos. Mas somente vamos conseguir sucesso se respeitarmos a diversidade cultural, pois entender as diferenças é fundamental e tem de partir primeiramente de nós, mestres.
Reflexões feitas, momento de planejar:
O 1º planejamento teve como objeto o filme "Desafiando gigantes"
Durante a apresentação do planejamento, na parte que abordariam questões para refletir, um dos anseios é que o filme motive os alunos à luta para superação de dificuldades, levá-los a refletir sobre a importância do apoio da família, principalmente nas situações mais difíceis, como é mostrado por algumas cenas (o pai que apoia e encoraja o filho em todos os momentos), a felicidade pelo perdão dado e recebido (também uma das mais emocionantes cenas entre um pai e um filho).
 Para o 2º planejamento as cursistas viram dois vídeos: um do Zeca Baleiro com a música "Salão de Beleza" e outro vídeo com o título "Chico Bento no Shopping"


Sugeri que escolhessem um dos vídeos e fizessem o planejamento por escrito; o outro, seria um planejamento oral, expondo as possibilidades de trabalho.
Com a música "Salão de beleza", viram a possibilidade de trabalhar valores negados ou evidenciados pela sociedade: o culto à beleza, a influência da propaganda na formação do ideal de beleza,  o problema da obesidade.
Para planejar por escrito escolheram o vídeo "Chico Bento no Shopping".
Viram a possibilidade de trabalhar desde as variantes linguísticas, os estrangeirismos, as diferenças de ponto de vista, até o conceito falso - generalização, senso comum - de que o caipira é bobo, que precede muitas obras que têm esse tipo de personagem.
 O 3º planejamento foi sobre uma música. As cursistas escolheram a música "Me chama" do Lobão.
Muitos aspectos podem ser trabalhados utilizando essa música, segundo as cursistas: linguagem coloquial, representada explicitamente pelo uso de pronomes átonos em próclise no início das frases, da forma verbal "tá" e do pronome aonde, diferente do que orientam as gramáticas.
As profissionais aprovaram o trabalho; ágeis, alegres e criativas, sem contudo perder o senso crítico e sem sair do nosso foco que é, através de suportes variados como o vídeo, o filme, a música e tantos outros que nos vêm ao alcance, ajudar nosso discente a ler melhor, escrever, comunicar-se, ser um cidadão que poderá realmente interferir no próprio meio e realidade por ser leitor do mundo que o cerca.